Queridos alunos e amigos...


A CRIATIVIDADE É UMA FORÇA QUE DORME DENTRO DA GENTE!


MAS, PODE SER ACORDADA DE VÁRIAS MANEIRAS


PORÉM, MOTIVAÇÃO E EXPERIMENTAÇÃO SÃO OS PRINCIPAIS INSTRUMENTOS PARA ESSE "ACORDAR"!

SEJAM BEM VINDOS!


PROFESSORA ROSANE SANTOS

segunda-feira, 4 de junho de 2012

DESTINO DO LIXO - PROFESSORA ROSANE SANTOS


DESTINO DO LIXO

Políticas Públicas

problema
Logo depois dos problemas de água potável e do destino dos dejetos, o lixo urbano é uma das maiores preocupações de ordem sanitária e ambiental do Prefeito de qualquer cidade brasileira. Na zona rural ainda é pior, pois nem coleta domiciliar acontece, e o desconhecimento dos problemas sanitários e ambientais daí resultantes, é bem maior, pelo descaso das autoridades locais.
Foi citado na Agenda 21 Global, em junho de 1992, sediada no Rio de Janeiro, em documento assinado por 170 países, que não menos de 5,2 milhões de pessoas, entre elas 4 milhões de crianças menores de 5 anos, morrem a cada ano devido a enfermidades relacionadas com o lixo. Os resultados para a saúde são especialmente graves no caso da população mais pobre.
lixão
Dados da Associação Brasileira de Limpeza Pública indicam que 76% dos detritos produzidos no país são jogados em lixões (como o da imagem ao lado) e outros 13% nos chamados "aterros controlados", que são locais onde o lixo é somente confinado, sem técnicas básicas de Engenharia para proteger o Meio Ambiente. Apenas 10% do total coletado são colocados em aterros sanitários. Isso significa que cerca de 90% do lixo produzido no Brasil são depositados a céu aberto, sem qualquer cuidado ambiental.
reciclagem
A falta de uma Política Nacional de Resíduos Sólidos, faz com que o Brasil deixe de ganhar, pelo menos, US$ 4.6 bilhões, todo ano, por não reciclar no volume devido o seu lixo (atividade que tem como condição básica, um sistema de coleta seletiva), cuja quantidade vem aumentando de maneira preocupante. A produção per cápita de lixo no Brasil varia de 0,3 a 1,1 kg/hab.dia e, quanto maior o poder aquisitivo da população, maior é a quantidade de lixo produzida por habitante. Só a cidade do Rio de Janeiro produz 8.000 t/d de lixo.
usina
As usinas de tratamento do lixo (chamadas de usinas de reciclagem e compostagem pelos técnicos, como a da foto, localizada no interior de Minas Gerais), podem ser uma solução viável para a destinação do lixo e, por esta razão, os aspectos sociais, ambientais e de saúde pública, deveriam predominar sobre o econômico.
As vantagens de uma Política Pública adequada à solução do problema do lixo, através, por exemplo, da implantação de uma Usina de Reciclagem e Compostagem do Lixo na comunidade são:
  • Desonerar a Prefeitura dos serviços de coleta, transporte, destinação final e desobstrução de galerias, rios e canais, pela diminuição da quantidade de lixo a ser manuseada pelos garis;
  • Contribuir para que a não destinação do lixo jogado nas encostas dos morros, provoque desmoronamentos por ocasião das chuvas;
  • Gerar empregos (diretos e indiretos) e renda para os desempregados, catadores e população de baixa renda atendidos pelo Programa;
  • Incentivar a geração e/ou a ampliação de novos negócios no Município, principalmente aqueles voltados para a reciclagem dos materiais;
  • Propiciar aos agricultores, pela compostagem da parte orgânica do lixo, um excelente condicionador do solo;
  • Contribuir para a renda familiar, graças ao artesanato do lixo: móveis, vassouras, vestuário, etc.;
  • Preservar os recursos naturais, diminuir os impactos ambientais provocados pelo lixo e economizar energia;
  • Contribuir para a formação de uma consciência ecológica entre os cidadãos direta e indiretamente envolvidos nas atividades; e
  • Servir de (bom) exemplo para outras comunidades, do país e do exterior.

Destinação Final

Os destinos recomendados para o lixo doméstico e hospitalar são:

Aterros sanitários
Usina compostagem
Incineração (hosp.)

Além dos Lixões Controlados as solução tecnicamente recomendadas para o lixo doméstico e hospitalar estão ilustradas nas imagens acima e repetidas a seguir:
  • Aterros sanitários (nas cidades maiores);
  • Usinas de reciclagem e compostagem (nas cidades menores); e
  • Incineração (lixo hospitalar).

Aterro Sanitário

aterro
O aterro sanitário é uma área impermeável, dividida em células, onde o lixo doméstico é depositado em camadas alternadas de lixo e solo. O chorume deve ser coletado e tratado biologicamente e o gás, retirado por chaminés apropriadas.

 

 

Usina de Compostagem e Reciclagem

usina
As usinas de lixo são instalações simples, onde o lixo seco é reciclado e a matéria orgânica transformada em composto, para uso posterior como condicionador de solo.

 

Incinerador de lixo hospitalar

incinerador
O lixo hospitalar, sempre, deverá ser incinerado. O incinerador da foto, é próprio para queimar o lixo proveniente dos hospitais e postos de saúde de pequenas comunidades. Quando o lixo é queimado em lixões, pode lançar no ar: fuligem (que ataca os pulmões), produtos cancerígenos (dioxinas) e até o temível mercúrio, proveniente do amálgama resultante da obturação de dentes.

 

Formas de aproveitamento do lixo

minhoca
Em vez de ser simplesmente descartado num lixão ou aterro, existem várias formas úteis de aproveitamento, já consagradas pela prática em várias partes do mundo.

Dentre estas, destacamos:
  1. Alimentação de suínos: Pecuária (restos de alimentos);
  2. Compostagem: Agricultura (N=1,5% P=0,5% K=1,0%);
  3. Vermicomposto: Minhocultura (foto acima);
  4. Gás bioquímico (GBQ): Veículos e cozinha (após filtração);
  5. Incineração: Energia térmica (movimentação de turbinas);
  6. Aterro sanitário: Áreas de lazer (após saturação do aterro); e
  7. Reciclagem: Catação (com fins comerciais e de artesanato).

Reciclagem

O lixo doméstico é composto de: matéria orgânica, papel, plástico, vidro, metal, trapos e estopas, madeira, couro, borracha, osso, cerâmica e outros materiais. Para conhecer esta composição, procede-se à análise gravimétrica, que deve anteceder qualquer política de aproveitamento, inclusive a reciclagem.
Com o seu pioneirismo e liderança, a Rexam (antiga LATASA) foi a empresa responsável pela implantação do sistema de reciclagem no Brasil, em 1991. O ciclo da lata de alumínio, a partir da matéria-prima até a reciclagem, passando pela coleta de latas usadas, envolve mais de 100 mil pessoas no Brasil, a grande maioria vivendo hoje exclusivamente da coleta de latas de alumínio.
Na reciclagem, os principais materiais aproveitados, no Brasil, são os seguintes:

Reciclagem de Latinhas de Alumínio

latinhas
O Brasil é um dos 3 países que mais reciclam latinhas de alumínio em todo o mundo, tendo atingido o índice de 78% em 2001. A cada 1 kg de alumínio reciclado, 5 kg de bauxita são poupados; além disso, para se reciclar 1.000 kg de alumínio, gasta-se somente 5% da energia que seria necessária para se produzir a mesma quantidade de alumínio primário, ou seja, a reciclagem do alumínio proporciona uma economia de 95% de energia elétrica. Para se ter uma idéia desse valor, a reciclagem de uma única latinha de alumínio (como essas mostradas na foto aí de cima) economiza suficiente energia para manter um aparelho de TV ligado durante três horas.

Reciclagem de Papel

papel
Para produzir 1 t de papel, 12 árvores são abatidas. Este é o apelo ecológico para a reciclagem de papel, que é bem simples, e pode ser feita até por crianças. Basta picar o papel, misturar com água e batê-lo por alguns minutos num liquidificador; depois, é só recolher as fibras numa tela (como mostrado na foto ao lado) e deixar secar à sombra. Está feita uma folha.

 

Reciclagem de Garrafas de Plástico


garrafa A reciclagem das embalagens PET (polietileno tereftalato), como as garrafas de refrigerantes de 2 litros descartáveis, está em franca ascensão no Brasil. A sua reciclagem, além de desviar o lixo plástico dos aterros (que ocupam volume relativamente grande), utiliza apenas 30% da energia necessária para a produção da resina virgem. Tem a vantagem de poder ser reciclado várias vezes, sem prejudicar a qualidade do produto final. É um dos materiais mais utilizados no artesanato, inclusive na fabricação de móveis e de vassouras.

Reciclagem de Vidro

vidro Cerca de 28% das embalagens de vidro (garrafas, copos, cacos de vidro) são recicladas no Brasil, somando cerca de 220.000 t/ano. 1 kg de vidro reciclado transforma-se em 1 kg de vidro novo, ou seja, não há perda de matéria prima, praticamente não produz resíduo e economiza 30% de energia elétrica. Para a reciclagem do vidro, não é necessário guardar a garrafa inteira. A inclusão de caco de vidro no processo normal de produção, reduz o gasto com energia, ou seja, para cada 10% de caco na mistura, economiza-se cerca de 2,5% da energia para fusão nos fornos industriais.



Para saber mais sobre reciclagem, visite o site do Centro de Informações sobre Reciclagem e Meio Ambiente - a Recicloteca.


Educação Ambiental


A educação ambiental (de crianças, adultos e empreendedores) é uma peça chave para uma política de destinação adequada do lixo doméstico. Quem já viajou de metrô sabe que lá, ninguém joga lixo no chão. E por que, então, emporcalhamos as calçadas, praias, encostas, córregos e ruas com o lixo que produzimos diariamente ?
educação
Todos conhecem o incrível poder das crianças de modificarem os hábitos dos seus pais, quando estas são realmente motivadas em sala de aula, principalmente na zona rural. E por que não usar prioritariamente este espaço para começar uma Campanha de Educação Ambiental ? Além de vários jogos educativos que podem ser feitos artesanalmente a partir de material reciclável do lixo (começando pelo da própria Escola); passando pelo uso da matéria orgânica na horta; e da reciclagem do papel como forma de baratear os gastos com material escolar; há dezenas de iniciativas por parte dos Professores para iniciar esse belo trabalho.
latasa
E há empresas que trocam latinhas de alumínio por computadores, ventiladores de teto, TV, etc. Para desenvolver ainda mais o trabalho no Brasil, a Rexam (que comprou a Latasa), desenvolveu o primeiro Programa Permanente de Reciclagem de Alumínio, e lançou em 1993, o Projeto Escola. Hoje, o programa atinge cerca de 17.000 escolas, igrejas e instituições beneficentes em diversos Estados do Brasil.
crianças
Várias peças de artesanato do lixo (porta-lápis, vassoura, carrinhos, etc.) podem ser ensinadas às crianças, além da reciclagem de papel, para que as reproduzam em sua casa, como motivação para o início da indispensável coleta seletiva.
adulto

Para o adulto, a motivação deve enfatizar o aspecto econômico. Será mostrado a cada indivíduo (preferencialmente aos líderes comunitários), através de palestras e reuniões que o lixo, quando separado e limpo, vale dinheiro. Em segundo lugar, deverá ser enfatizado que o destino usual (córregos, lixões e encostas) provoca enchentes, doenças e deslisamentos, respectivamente. O terceiro, deve ser o aspecto estético: a comunidade limpa pode, e deve, atrair o ecoturismo e melhorar a auto-estima dos moradores.
Outras motivações à Comunidade, para a Campanha de Educação Ambiental são:
  1. Ensino de técnicas artesanais para, p.ex., a partir de garrafas tipo PET, se produzirem: vassouras, sofás, colchões, luminárias, etc.;
  2. Montagem de pequena oficina caseira de papel reciclado;
  3. Ensaios para transformação do lixo seco em lajotas e divisórias de agregados, para a fabricação artesanal de paredes e pisos;
  4. Preparo de composto, a partir da fração orgânica do lixo (que pode facilmente atingir mais de 50% em peso do lixo doméstico), na formação de hortas medicinais;
  5. Troca de saco com lixo por comida, tíquete refeição e outros benefícios a serem criados pela Prefeitura;
  6. O uso de garrafas PET de 2 litros como barreiras de contenção de lixo em valões e até como pluviômetros improvisados;
  7. Outras.


saneamento


Segundo a Organização Mundial de Saúde - OMS, cerca de 85% das doenças conhecidas são de veiculação hídrica, ou seja, estão realacionadas à água. As três imagens abaixo ilustram algumas das mais conhecidas ou os seus vetores.
Malária
Esquistossoma
Verminose

Como somos Engenheiro e não Médico, daremos o enfoque da prevenção, através do Saneamento Básico e Ambiental. Detalhes sobre a transmissão das doenças e a sua cura, podem ser obtidos no site da Fundação Nacional de Saúde - FUNASA.
Os assuntos relacionados ao problema podem ser resumidos em 5 grupos:

Importância do assunto

O Programa Pluri Anual ou PPA (2004-2007) do atual Governo, prevê um montante de R$ 4,4 bilhões para ser investido em Saneamento Básico no Brasil, o que deverá beneficiar cerca de 21,4 milhões de pessoas.
Segundo dados da Organização das Nações Unidas (ONU-out/03) e do IBGE (mar/04):
  • 60 milhões de brasileiros não têm saneamento básico;
  • 10 milhões não contam com coleta de esgotos;
  • 16 milhões não possuem coleta de lixo;
  • 3,4 milhões de residências não têm água encanada, o que atinge 15 milhões de brasileiros;
  • 1/3 dos municípios com menos de 20.000 habitantes não têm água tratada; 75% têm menos de 10.000 hab.;
  • No nível distrital, 12% não têm rede de abastecimento d´água; destes, 46% se valem de poço raso particular;
  • 75% dos esgotos coletados nas cidades brasileiras não têm tratamento;
  • 64% dos municípios brasileiros depositam o lixo coletado em lixões a céu aberto;
  • 60% dos municípios sofreram inundações ou enchentes em 2000;
  • 20% dos municípios tem seu solo corroído por assoreamentos;
  • Doenças intestinais, como diarréia e verminoses, são a principal causa de internações no Brasil;
  • Cada real investido em saneamento básico pouca quatro em gastos com a saúde;
  • O Brasil desperdiça ainda até 40% da água tratada;


saneamento


Política
Projetos

Os assuntos relacionados ao problema podem ser resumidos em 3 grupos:


PROFESSORA ROSANE SANTOS

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