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A CRIATIVIDADE É UMA FORÇA QUE DORME DENTRO DA GENTE!


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PROFESSORA ROSANE SANTOS

domingo, 25 de março de 2012

TIPAGEM SANGUÍNEA - AULA PRÁTICA - 3O. ANO - EM - PROFESSORA ROSANE SANTOS


COLÉGIO DE APLICAÇÃO DE RESENDE
3O. ANO - ENSINO MÉDIO

AULA PRÁTICA 
TIPAGEM SANGUÍNEA 
GRUPOS SANGUÍNEOS – SISTEMA ABO E FATOR Rh

Um tipo sanguíneo, também chamado de grupo sanguíneo, é a caracterização do sangue baseada na presença ou ausência de substâncias antigênicas herdáveis presentes na membrana das células vermelhas. Esses antígenos da membrana das hemácias podem ser proteínas, carboidratos, glicoproteínas e alguns desses antígenos podem estar na membrana de outros tipos celulares. Vários desses antígenos de membrana formam, coletivamente, o que chamamos de sistema de grupo sanguíneo.

 
   

O sistema ABO, descoberto no início do século X, é o mais importante sistema de tipagem sanguínea e rege as transfusões de sangue até os dias atuais. Os antígenos do sistema ABO são produtos dos genes ABO localizados no cromossomo 9 de humanos. Sua descoberta ocorreu quando cientistas observaram a ocorrência de aglutinação de hemácias devido à fixação de anticorpos a antígenos específicos presentes na membrana dessas células. A reação de aglutinação causada pelos anticorpos contra esses antígenos é chamada de hemaglutinação.
 
Os antígenos de grupo sanguíneo estão organizados em múltiplas cópias na superfície da hemácia, permitindo que as células se aglutinem quando sofrem reação cruzada com anticorpos (Figura 1). Assim, indivíduos do tipo sanguíneo A expressam somente antígenos A na superfície das suas hemácias, enquanto os do tipo B expressam somente antígenos B. Já os do grupo AB expressam ambos os antígenos na superfície das hemácias e os do grupo O não expressam nenhum dos dois (Figura 1).

Grupo AGrupo B Grupo AB Grupo O
AB


Reação cruzada provocando hemaglutinação
Aspecto da hemaglutinação
Figura 1: Tipos de antígenos distribuídos na superfície das hemácias e hemaglutinação.

Bactérias do trato gastrintestinal possuem em suas membranas antígenos similares ou idênticos àqueles do sistema ABO. Essas bactérias estimulam a formação de anticorpos contra antígenos ABO nos indivíduos que não possuem o antígeno correspondente em suas próprias células. Por exemplo, indivíduos do grupo AB que possuem antígenos A e B nas suas hemácias (Figura 1) não desenvolvem anticorpos anti-A ou anti-B. Já os indivíduos do grupo O que não apresentam antígenos na superfície das hemácias desenvolvem anticorpos anti-A e anti-B (Figura 2).

Quando um indivíduo recebe sangue de um grupo diferente do seu isso pode desencadear respostas imunológicas que podem levar à destruição das células vermelhas do sangue. Por exemplo, se um indivíduo do grupo A (receptor) recebe sangue do grupo B (doador), os anticorpos anti-A presentes no sangue do doador (Figura 2) reagem contra os antígenos da superfície da célula vermelha do receptor provocando hemaglutinação (Figura 1), formação de   coágulos e destruição em massa das hemácias do receptor levando à morte. Portanto, é fundamental a caracterização dos grupos sanguíneos antes dos procedimentos de transfusão.

Figura 2: Grupo ABO – tipos de hemácias, anticorpos e antígenos

O sistema Rhesus é o segundo mais importante sistema de tipagem e classificação sanguínea. Foi descoberto da década de 40 quando cientistas perceberam que, ao injetar-se sangue do macaco do gênero Rhesus em cobaias, havia a produção de anticorpos para combater as hemácias introduzidas. Dessa constatação os cientistas concluíram que na membrana das hemácias do macaco Rhesus havia um antígeno de membrana que foi denominado fator Rh (de Rhesus).

Testando sangue humano com anticorpos anti-Rh cientistas verificaram que em 85% do sangue humano testado ocorria aglutinação (Figura 1), ou seja, os anticorpos anti-Rh reconheciam o antígeno Rh na superfície das hemácias humanas. Foram descritos cinco antígenos Rh diferentes (C, c, D, E, e) sendo o andtígeno Rh D o mais imunogênico.

Portanto, o termo fator Rh refere-se somente ao antígeno Rh D.
Indivíduos que apresentam o antígeno Rh D na superfície das suas hemácias são denominados de Rh positivos (Rh+) e os que não possuem o antígeno Rh D são chamados de Rh negativos (Rh -).

ROTEIRO DA AULA PRÁTICA DE TIPAGEM SANGUINEA
E FATOR Rh
 





1.º) Coloca-se numa lâmina de microscopia, lado a lado, uma gota de soro anti-A e outra de soro anti-B.
















2.º) Sobre cada gota de soro coloca-se uma gota do sangue a ser identificado.




Observando-se o resultado, temos:

a) Se não houver aglutinação em nenhum dos lados, o sangue em exame é do grupo O.





GRUPO "O" positivo (+)
GRUPO "O" NEGATIVO (-)
b) Se houver aglutinação nos dois lados, o sangue é do grupo AB.





c) Se houver aglutinação somente com o soro anti-A, o sangue é do grupo A.


GRUPO "A" - NEGATIVO (-)

GRUPO "A" POSITIVO (+)

GRUPO "A" POSITIVO (+)

d) Se aglutinar somente com o soro anti-B, o sangue é do grupo B.





GRUPO "B" POSITIVO (+)




Fator rh (Rhesus) ou Fator D – 85% das pessoas possuem nas hemácias um antígeno chamado fator Rh. Estas pessoas são Rh+ (positivas). 15% das pessoas não possuem nas hemácias o fator Rh e são Rh- (negativas).

Mecanismo genético – O fator Rh é determinado por um par de alelos, R e r: R determinando a formação do fator Rh e r determinando a sua não-formação, sendo R dominante sobre r.



Transfusões –
O único caso em que há problemas ocorre quando o doador é Rh+ e o receptor é Rh-, tendo o último já recebido anteriormente uma transfusão de sangue Rh+, estando, por isso, sensibilizado.


PROFESSORA ROSANE SANTOS 

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