No   início da década de 90, o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos,   após várias pesquisas, desenvolveu e publicou a Pirâmide dos Alimentos.   Chegou-se a conclusão de que uma pirâmide representaria adequadamente a forma   correta de se alimentar.      
 
     
 A   principal característica da Pirâmide Alimentar é a flexibilidade. O uso da   Pirâmide está baseado em três palavras: equilíbrio, variedade e moderação.   Ela é apenas um esboço do que você consome todos os dias, não é uma   prescrição rígida, mas um guia geral que o faz escolher uma dieta saudável.   Ter bom senso alimentar faz parte da educação e respeito próprios.      
 
     
Segundo   a FAO/OMS (Departamento de Agricultura dos EUA / Organização Mundial da   Saúde), um cardápio balanceado deve conter, diariamente, cerca de 50 a 60% de   carboidratos, 20 a 30% de lipídeos e 10 a 15% de proteína, além das   vitaminas, sais minerais e fibras. Para garantirmos que todos esses   nutrientes estejam presentes na dieta diária, a FDA (Food and Drug   Administration - órgão do governo dos EUA que controla a produção e   comercialização de remédios e alimentos), preconiza o consumo das seguintes   porções diárias de alimentos que compõe a Pirâmide Alimentar:  
     
 
     
 
     
 
  
  
  
  
  
  
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Grupo dos   Pães, Cereais, Arroz e Massas: 6 - 11   porções por dia;      
Grupo dos   Vegetais: 3 – 5 porções por dia;      
Grupo das   Frutas: 2 – 4 porções por dia;      
Grupo dos   Laticínios: 2 – 3   porções por dia;      
Grupo das   Carnes, Ovos e Leguminosas: 2 – 3   porções por dia;      
Grupo das   Gorduras, Óleos e Açúcares: uso   esporádico.      
 
A   pirâmide alimentar separa os alimentos em energéticos, reguladores,   construtores e energéticos extras. Esses alimentos devem ser consumidos em   ordem decrescente, ou seja, devemos consumir em maior quantidade os   energéticos, seguidos dos reguladores, dos construtores e por último os   energéticos extras, de consumo limitado.      
Podemos   então observar na base da pirâmide, os alimentos ricos em carboidratos   (energéticos), seguidos pela ingestão de frutas e verduras principais fontes   de vitaminas e minerais (reguladores), acima temos os alimentos fontes de   proteína (construtores), e por último as gorduras e os açúcares (energéticos   extras), que devem ter uma ingestão bastante restrita.      
As   recomendações em termos de porções são feitas para atender todos indivíduos   adultos saudáveis. O número de porções de cada grupo são dependentes das   necessidades de energia, que variam conforme idade, sexo e atividade física.   Mas, é importante sempre lembrar, que todos devem consumir pelo menos o   número mínimo de porções sugeridas neste guia.     CRÍTICAS   A VERSÃO AMERICANA DE 1992  
 A Pirâmide Alimentar apresentada acima (EUA) que desde 1992 vem sendo  usada como referência em programas de Alimentação, ganhou uma nova versão,  sem tanto carboidrato. A nova Pirâmide foi apresentada por nutricionistas que  contestam a dieta tradicional.     
  
 
  
  
  
  
  
  
  
 Os   fundamentos da “antiga” Pirâmide vêm sendo criticados. Uma das teorias surgiu   de uma equipe de médicos liderada por Walter Willett, chefe do departamento   de nutrição da Escola de Saúde Pública da Universidade Harvard. As razões das   contestações estão apresentadas em uma publicação chamada “Coma, Beba e Seja   Saudável - O Guia da Alimentação Saudável da Escola de Medicina de Harvard”.       
Na base da   Pirâmide anterior está o grupo dos energéticos composto pelos alimentos ricos em carboidratos (arroz, macarrão,   pães, batata, mandioca, etc.), no andar de cima o grupo dos reguladores   composto pelos alimentos ricos em vitaminas e minerais (hortaliças e frutas),   depois o grupo dos construtores composto pelos alimentos ricos em proteínas   (carnes, ovos, leite e derivados e leguminosas) e lá no topo encontramos os   açúcares e óleos que devem ser consumidos moderadamente.      
Na nova   versão (veja figura abaixo), a base da   pirâmide é ocupada pelos exercícios físicos e o controle de peso. Depois vêm   os cereais integrais e os óleos vegetais, no andar de cima as hortaliças e   frutas, depois as leguminosas e as frutas oleaginosas, acima peixes, ovos e   frango, depois leite e derivados, e para a surpresa de todos, os carboidratos   que aparecem na base da pirâmide atual, na nova versão estão no topo junto   com a carne vermelha e manteiga. Vitaminas e uma pequena dose de bebida   alcoólica também são bem aceitos. Fonte:www.cfn.org.br      
Segundo   Walter Willett, o desenho da Pirâmide usada desde 1992, foi baseado em   padrões científicos duvidosos antes de 1992 e contribui para a obesidade, a   saúde deficiente e mortes precoces, absolutamente desnecessárias. O   Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (órgão equivalente a um   Ministério do setor) não se pronunciou sobre o assunto, dizendo apenas que   não comenta sobre livros de dieta.      
A nova   versão está arraigada no fato de que alguns carboidratos são quebrados   rapidamente no intestino e se transformam em açúcar. A elevação do açúcar no   sangue pode levar a compulsão alimentar e a problemas cardiovasculares. Por   esta razão os carboidratos estão lá na ponta da pirâmide. Porém é importante   lembrar que dificilmente consumimos o carboidrato sozinho (arroz puro, por   exemplo) e desta forma sua absorção não é tão rápida, evitando a elevação da   glicemia.      
A   novidade está causando controvérsias entre os profissionais da área. Há   aqueles que defendem, outros que discordam e ainda àqueles que aceitam a nova   versão, porém com algumas adaptações. O importante é balancear ao máximo a   nossa dieta e analisar sempre os pontos positivos e negativos de cada teoria,   buscando o equilíbrio, novamente, usando-se do bom senso.      
 
 NOVA   PIRÂMIDE ALIMENTAR AMERICANA (2005)     
REVISÃO DA   VERSÃO DE 1992  
     
Durante   muitos anos a conhecida pirâmide alimentar foi apresentada na forma de níveis   ou andares, cada um deles dizendo respeito a um dos princípios alimentares,   conforme texto acima.   
   
 
     
 
  
  
  
  
  
  
 
 
 
 
 
 
 
 
Recentemente   os órgãos de saúde do governo americano mudaram a maneira de distribuição dos   alimentos, que agora passam a ser mostrados em faixas longitudinais de cores   diferentes, que descem do alto até a base da pirâmide. Este novo formato   permite uma melhor visualização e compreensão sobre os princípios básicos   para uma alimentação saudável. Fonte: www.pyramid.gov     
De   acordo com a nova pirâmide as pessoas devem ter em conta as cores e a   qualidade dos alimentos de todos os dias, assim discriminados.     - Cereais   (na cor laranja): cereais   integrais, de preferência, pão, arroz ou massa todos os dias, um pouco mais   de 500 gramas, isto é, sensivelmente, uma ou duas fatias de pão integral, uma   chávena de cereais no almoço (225 gramas), e meia chávena de arroz ou massa   no jantar, por pessoa.  
   - Legumes   (na cor verde): de   preferência cor verde-escura, como os espinafres, brócolis e couve sem   esquecer os vegetais alaranjados ou ruivos como a cenoura e a batata doce: ao   todo, cada dia, duas chávenas e meia (cerca de 600 gramas) por pessoa.  
   - Frutos   (na cor vermelha): frutos   variados, de preferência frescos, mas podem ser igualmente frutos secos,   congelados, enlatados, cristalizados. Consuma cerca de duas chávenas por dia,   uns 400 gramas. Atenção: não exagere nos sumos de frutas.  
   -   Lacticínios (na cor azul): de   preferência meio gordos ou sem gordura, leite, iogurtes, queijos,   recomenda-se umas três chávenas (cerca de 600 gramas) por dia e por pessoa.  
   - Carne e   peixe (na cor lilás) e aves   e proteínas vegetais como feijão, fava. Os americanos podem ir até à 150-180   gramas por dia, por pessoa.  
    
O   Departamento de Agricultura dos Estados Unidos recomenda o consumo adequado   de calorias e a prática de atividade física, 30-60 minutos. É recomendado   também que as pessoas estejam atentas aos seus limites de gorduras, açúcares   e sal.   
     
A PIRÂMIDE   ALIMENTAR BRASILEIRA 
 No   entanto, os hábitos alimentares americanos são diferentes dos nossos. Por   essa razão, PHILLIPPI, Sônia Tucunduva, em 1996, adaptou a pirâmide americana   de 1992, aos hábitos brasileiros. Com a nova Pirâmide Americana (2005) talvez   a pirâmide brasileira também precise de uma releitura...   
 
    
 A   “Pirâmide Alimentar Brasileira”, de acordo com as Resoluções RDC 359 e 360,   de 26 de dezembro de 2003, da ANVISA - Agência Nacional de Vigilância   Sanitária, é em quatro níveis, sub-divididos em 8 grupos. Cada um desses   níveis corresponde a um grupo de alimentos (energéticos, reguladores,   construtores e energéticos extras). Esses grupos são divididos de acordo com   as características dos alimentos que os formam e as quantidades que eles   devem ser ingeridos durante o dia. Quanto maior for a porção da pirâmide que   o grupo ocupa, maior é a quantidade que devemos ingerir de determinados   alimentos. Veja as porções a serem ingeridas:      
 
  
  
  
  
  
  
  
  
  
  
  
 - Primeiro   nível (base): é   composto por cereais (arroz, trigo), raízes e tubérculos (batata, mandioca,   mandioquinha, inhame) e massas (pães, bolos). São alimentos ricos em   carboidratos, responsáveis pelo fornecimento de energia para o organismo.   Deve-se consumir de 5 a 9 porções por dia.     - Segundo   nível: é composto por hortaliças   (verduras e legumes) e frutas. São alimentos ricos em vitaminas e minerais, responsáveis   pela regulagem das funções do nosso organismo. Deve-se consumir de 4 a 6   porções de hortaliças e de 2 a 4 porções de frutas por dia.     - Terceiro   nível: é composto por leite e derivados,   carnes e ovos e leguminosas. São alimentos ricos em proteínas, responsáveis   pela formação e manutenção dos tecidos do organismo. Deve-se consumir 3   porções de leite e derivados por dia; 1 a 2 porções de carnes e ovos e 1   porção de leguminosas.  
   - Quarto   nível: é composto por óleos, gorduras,   açúcares e doces. Pode-se consumir de 2 a 3 porções de cada por dia.      
Cada um   desses grupos de alimentos fornece um pouco, mas não todos, os nutrientes que   você precisa. Os alimentos em um grupo não podem substituir os de outros. Nem   um grupo alimentar é mais importante que outro. Devemos enfatizar que para   ter uma boa saúde cada indivíduo precisa de todos os grupos.     
PIRÂMIDE ALIMENTAR MEDITERRÂNEA  
  
     
 
     
 
  
  
  
  
 
 
 
 
 
 
 
Atividade   física: 30 minutos por dia, constante e   regular. Estudos mostram que esse tipo de exercício reduz a gordura abdominal   consideravelmente.
    Pães,   massas e carboidratos em geral:   consumir todos os dias, pois geram energia celular. Mas sem exagerar. Não   ultrapasse 4 ou 5 porções por dia e dê preferência às versões integrais. 
Frutas, legumes e hortaliças: o consumo de alimentos crus deve ser priorizado. Eles são ricos em   vitaminas e minerais, fazendo que o organismo funcione adequadamente.    Azeites: podemos citar o azeite, as oleaginosas (castanhas, amêndoas, nozes) e   o óleo de linhaça. São alimentos ricos em ômegas, gorduras poli-insaturadas   anti-inflamatórias que tratam e previnem doenças do coração e melhoram os   neurotransmissores cerebrais.    Queijos e   iogurtes: são produtos fermentados, mais   facilmente digeridos e não causam distensão abdominal por não formar gases. O   iogurte é um produto facilmente digerível, sendo considerado agente regulador   das funções digestivas. Vale ressaltar que a ingestão de leite e queijos de cabra   é uma ótima opção, pois eles contêm menor quantidade de lactose.  Peixes,   carnes brancas e ovos: fazem   parte do grupo das proteínas com alto valor biológico. Devem ser consumidas   semanalmente.  Doces: na dieta mediterrânea, eles são à base de frutas secas e, por isso,   estimulados a serem consumidos   semanalmente. Aqui não entram doces açucarados.  Carne   vermelha: fonte de aminoácidos necessários à   regeneração celular, de ferro heme (que é mais facilmente absorvido pelo   organismo) e de vitamina B12, essencial na proteção contra as anemias. No   entanto, em excesso, pode fazer mal, pois é rica em gorduras saturadas.  
Vinho: contém resveratrol e antocianinas, antioxidantes que protegem o   coração, melhoram o aspecto da pele e previnem o envelhecimento.  Água: o ideal é o consumo de água pura, pois assim as toxinas são liberadas   e o organismo funciona melhor.  |   
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