CARBONO 14 E URÂNIO 238
Fóssil
Como
se realiza a prova do Carbono 14 para conhecer a idade dos
restos encontrados por paleontólogos?
A
técnica do carbono-14 foi descoberta nos anos quarenta por Willard Libby. Ele
percebeu que a quantidade de carbono-14 dos tecidos orgânicos mortos diminui a
um ritmo constante com o passar do tempo. Assim, a medição dos valores de
carbono-14 em um objeto fóssil nos dá pistas muito exata sdos anos decorridos
desde sua morte.
Esta técnica
é aplicável à madeira, carbono, sedimentos orgânicos, ossos, conchas marinhas -
ou seja todo material que conteve carbono em alguma de suas formas. Como o exame
se baseia na determinação de idade através da quantidade de carbono-14 e que
esta diminui com o passar do tempo, ele só pode ser usado para datar amostras
que tenham entre 50 mil e 70 mil anos de idade.
A
radioatividade do carbono 14
Libby, que era químico, utilizou em 1947
um contador Geiger para medir a radioatividade do C-14 existente em vários
objetos. Este é um isótopo radioativo instável, que decai a um ritmo
perfeitamente mensurável a partir da morte de um organismo vivo. Libby usou
objetos de idade conhecida (respaldada por documentos históricos), e comparou
esta com os resultados de sua radiodatação. Os diferentes testes realizados
demonstraram a viabilidade do método até cerca de 70 mil anos.O C-14 se
produz pela ação dos raios cósmicos sobre o nitrogênio-14 e é absorvido pelas
plantas. Quando estas são ingeridas pelos animais, o C-14 passa aos tecidos,
onde se acumula. Ao morrer, este processo se detêm e o isótopo começa a
desintegrar-se para converter-se de novo em nitrogênio-14. A partir desse
momento, a quantidade de C-14 existente em um tecido orgânico se dividirá pela
metade a cada 5.730 anos. Cerca de 50 mil anos depois, esta quantidade começa a
ser pequena demais para uma datação precisa.
Depois de uma extração, o
objeto a datar deve ser protegido de qualquer contaminação que possa mascarar os
resultados. Feito isto, se leva ao laboratório onde se contará o número de
radiações beta produzidas por minuto e por grama de material. O máximo são 15
radiações beta, cifra que se dividirá por dois por cada período de 5.730 anos de
idade da amostra.
Fonte: Portal Terra.Com
Urânio 238 para medir a idade das
rochas
Granito
A idade das rochas é
determinada a partir da análise de elementos químicos instáveis presentes nelas.
Tais elementos são assim chamados por passarem por um processo de decaimento
radioativo. Isto é, eles liberam partículas permanentemente até que o núcleo
atômico se torne mais estável que de início. Durante esse processo, o elemento
muda seu número atômico, o que faz com que ele se transforme em outro elemento
químico. É o caso do urânio (U), que libera partículas até se transformar em
chumbo (Pb).
Conhecida a
velocidade com que ocorre essa transformação, é possível
determinar há quanto tempo o processo está acontecendo em uma determinada rocha.
Para isso, obtém-se uma amostra mineral que incorporou apenas o urânio
(elemento-pai) na sua formação. Com o passar do tempo, esse elemento decaiu
gerando chumbo (elemento-filho). Assim, mede-se a razão atual entre o
elemento-pai e o elemento-filho.
Quanto menor essa razão,
mais antiga é a rocha, pois mais tempo se passou e mais elemento-filho foi
gerado. Desse modo, chegamos à idade absoluta da rocha. Na datação, utiliza-se o
conceito de meia-vida, que é o tempo que metade de um elemento precisa para se
transformar em outro. No caso do urânio 235, a meia-vida é de, aproximadamente,
700 milhões de anos. Já no urânio 238, são necessários 4,5 bilhões de anos para
que metade do elemento se transforme em chumbo.
O método urânio-chumbo é
o mais utilizado para determinar quantos anos tem uma rocha – e, por sinal, é
usado para conhecer a idade da Terra. A mesma metodologia pode ser usada com outros elementos, como o rubídio (Rb), que se transforma em
estrôncio (Sr).
Fonte:
Ciênciahoje.uol.com